Como sabemos, as danças árabes são em sua maioria étnicas, folclóricas ou de cunho religioso (como a Dança dos Dervixes). Dentro do quesito Etnia as danças são aprendidas por transmissão de geração para geração, rompendo o século 21. São danças que ao serem aprendidas por repetição não se leva em consideração a parte anatômica e muito menos o conceito de estética do movimento, como por exemplo, elevar o braço em tantos tempos e respeitando as linhas do corpo ou preocupar-se com sua movimentação pelo espaço.
À medida que essas danças étnicas são levadas para o palco, foi criando uma adaptação para deixá-las mais atraentes, com passos mais limpos e seqüências coreográficas mais elaboradas. Todas outras modalidades de danças mais contemporâneas passaram por essas adequações, tendo como base a elegância do Ballet e os conceitos de movimentações do Jazz. Não podemos nunca nos esquecer que o Mahmoud Reda, foi o pioneiro e talvez o único a utilizar-se do Ballet no momento de trazer as Danças do Folclore Egípcio para o palco.
Assisti recentemente o 40° Festival Internacional de Dança em São Paulo/SP, com apresentações de danças típicas de diversos países do Mundo. Um evento de dança único no mundo, lindo e emocionante em ver a riqueza de danças que temos e a alegria que esses povos bailam mesmo estando em países com vários tipos de dificuldades.
Assisto esse Festival há oito anos e sempre com muita alegria e expectativa, mesmo sabendo que alguns grupos não mudaram suas danças e as roupas são praticamente as mesmas (por se tratar de trajes típicos e imutáveis).
Mas esse ano algo foi diferente diante disso tudo. O que mudou foi meu olhar e minha percepção da forma que cada grupo se comportou no palco.
Essa mudança de perspectiva mudou totalmente após ter ingressado no Curso Técnico de Dança do Shiva Nataraj. Não tratasse de ter um olhar crítico no sentido de denegrir aquilo que está sendo apresentado, mas de ficar mais atento e perceber as inadequações de cada apresentação e também os momentos de criatividade que nos inspirará futuramente em nossos estudos ou futuras apresentações.
Mais uma vez percebo e recomendo que todos os que têm a dança como paixão ou profissão, busquem um Curso Técnico de Dança, para enriquecer os seus trabalhos e encantar aqueles que nos assistem.
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